Homens poderão ser agraciados com o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz
Da Redação
"Inimigo, não. Parceiro". Esse é o paradigma a
ser construído para o homem na sua relação com as mulheres de acordo com
senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o senador Inácio Arruda (PC do
B-CE). Ela é autora e ele, relator, do Projeto de Resolução do Senado
(PRS) 40/2014, que prevê a mudança nas regras da concessão do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz. A matéria altera a Resolução 2/2001 que homenageia mulheres responsáveis por contribuições relevantes à causa feminina, para permitir a indicação de um homem entre as cinco pessoas agraciadas pela comenda.
Aprovado nesta terça-feira (16) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o PRS segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e depois para a Mesa Diretora.
“É necessária a construção de um novo paradigma para as relações de gênero, ancorado na superação da oposição entre o masculino e o feminino e na consolidação de um modelo fundado em valores como harmonia, parceria e solidariedade. Convém ainda deixar claro que o respeito mútuo é um objetivo comum e apoiar as causas femininas é mérito também dos homens", afirmou.
Inácio Arruda, por sua vez, observa que incluir homens entre os possíveis agraciados com o Diploma Bertha Lutz incentivará ainda mais o desenvolvimento de ações direcionadas para a construção de um modelo isonômico em se tratando de relações de gênero.
Segundo o senador, homens também têm oferecido relevante suporte para essa causa e é natural e necessário haver esse reconhecimento por parte do Parlamento brasileiro. Entre os que atuaram em prol dos interesses da mulher estão, por exemplo, políticos que lutaram pela instituição do voto feminino, tais como o constituinte de 1890, Saldanha Marinho, um dos autores da emenda que previa o exercício desse direito, posteriormente rejeitada; o deputado Maurício Lacerda e o senador Justo Leite Chermont, que tentaram aprovar, nas primeiras décadas do século XX, projetos de lei dispondo sobre a capacidade eleitoral das mulheres.
Aprovado nesta terça-feira (16) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, o PRS segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e depois para a Mesa Diretora.
Parceria
Para Vanessa Grazziotin, é preciso reconhecer que as mulheres não estiveram sozinhas na jornada em favor da defesa do direito de igualdade e cidadania plena entre homens e mulheres.“É necessária a construção de um novo paradigma para as relações de gênero, ancorado na superação da oposição entre o masculino e o feminino e na consolidação de um modelo fundado em valores como harmonia, parceria e solidariedade. Convém ainda deixar claro que o respeito mútuo é um objetivo comum e apoiar as causas femininas é mérito também dos homens", afirmou.
Inácio Arruda, por sua vez, observa que incluir homens entre os possíveis agraciados com o Diploma Bertha Lutz incentivará ainda mais o desenvolvimento de ações direcionadas para a construção de um modelo isonômico em se tratando de relações de gênero.
Segundo o senador, homens também têm oferecido relevante suporte para essa causa e é natural e necessário haver esse reconhecimento por parte do Parlamento brasileiro. Entre os que atuaram em prol dos interesses da mulher estão, por exemplo, políticos que lutaram pela instituição do voto feminino, tais como o constituinte de 1890, Saldanha Marinho, um dos autores da emenda que previa o exercício desse direito, posteriormente rejeitada; o deputado Maurício Lacerda e o senador Justo Leite Chermont, que tentaram aprovar, nas primeiras décadas do século XX, projetos de lei dispondo sobre a capacidade eleitoral das mulheres.
Uma das cinco emendas aprovadas busca
garantir que, havendo indicação de candidato do sexo masculino, apenas
uma das cinco vagas seja ocupada por um homem.
"Com essa medida, evita-se que ocorram
situações paradoxais, como a possível exclusão de mulheres entre as
pessoas agraciadas", esclareceu o relator.
Desde a sua criação, o Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz já reconheceu
o mérito de 70 mulheres, entre elas a ex-senadora Emília Fernandes, a
feminista Rosemarie Muraro e a presidente Dilma Rousseff.
Agência Senado
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