Professora acreana é medalha de ouro da Olimpíada de Língua Portuguesa
Além do relato, o Artigo de Opinião escrito por um aluno da mesma escola, Paulo Renan de Souza Figueiredo, intitulado “O Haiti é aqui”, também foi premiado ao ser escolhido entre 152 finalistas. Paulo Renan é o terceiro aluno acreano a ter destaque na Olimpíada: cinco representantes acreanos concorreram nas categorias: Crônica, Artigo, Poema e Memória em 2012, e, na segunda edição da Olimpíada, ocorrida em 2010, dois alunos de Cruzeiro do Sul foram vencedores nas categorias Artigo e Memória.
Nesta terceira edição, todos os municípios acreanos aderiram à Olimpíada de Língua Portuguesa - ao todo, 441 escolas foram inscritas na competição. Em todo o Brasil, foram inscritos mais de cinco milhões de textos nas quatro categorias: Poema (5º e 6º anos Ensino Fundamental), Memórias (7º e 8º anos Ensino Fundamental), Crônica (9º ano EF e 1º ano Ensino Médio), e Artigo de Opinião (2º e 3º anos Ensino Médio).
No relato, Maria Iracilda explica a situação de como seus alunos trabalharam a produção textual e os debates que envolveram suas turmas, como questões de desigualdade social, a situação dos haitianos, e a enchente enfrentada pelo estado em 2012, que deixou mais de 120 mil pessoas desabrigadas, relembrando que “ser professor é acalentar sonhos, realizar desejos, mostrar caminhos”.
Apenas um aluno conseguiu o título de campeão nacional, mas a professora credita as vitórias a todos os envolvidos que acreditaram na proposta, que, ao longo das oficinas e da redação dos textos, construíram uma relação de confiança e aumentaram a certeza de superação.
“A Olimpíada de Língua Portuguesa é mais que um programa educacional. Seu sucesso reside em apostar em algo bem simples: valorização do professor e desafio de superação ao aluno. Acompanhar o trabalho de Paulo Renan, nosso campeão nacional e, ao mesmo tempo, ser premiada com o Relato de Prática Vencedor na terceira edição da Olimpíada é o resultado de longos anos de dedicação e trabalho”, declarou a educadora.
Para Lígia Carvalho, coordenadora de ensino médio da Secretaria Estadual de Educação e Esporte, “a professora Iracilda é um exemplo de que o programa fortalece aquilo que está sendo amplamente discutido no planejamento nas escolas, que é desenvolver as capacidades leitoras e escritoras para ampliar o universo cultural. Isso dá significado e reconhecimento merecidos ao trabalho do professor”.
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