Lei coíbe uso indevido do nome Amazônia para cosméticos

O
uso indiscriminado de matéria-prima da Amazônia para produção de
cosméticos deverá ser regulamentado, já que senadores aprovaram no dia
13 um projeto de lei que impõe novas regras para a empresa que quiser
propagandear o uso de plantas da região em seus produtos.
A
proposta da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) é fazer com os
hidratantes, óleos, sabonetes e xampus produzidos com recursos da
floresta só possam utilizar a denominação da Amazônia, forem produzidos
na região e suas fórmulas contiverem pelo menos 10% de plantas
cultivadas na região.
O
documento quer coibir o uso indevido do nome da floresta tropical. Por
exemplo, o fabricante que escolher uma planta típica da Amazônia, mas
cultivá-la em São Paulo, fica impedido de usar o apelo atraente. A
proposta também prevê medidas para atrair empresas de cosméticos para a
região da floresta. O principal ponto prevê que as indústrias que se
instalarem na área estarão isentas de PIS e Cofins - tributos que, na
regra geral, incidem hoje sobre os produtos com alíquota de 3,65% a
9,25%. Será criado, porém, um novo tributo, chamado Cide-Biocosmético,
com alíquota fixa de 1% sobre o preço de fábrica.
O
projeto prevê ainda que esta arrecadação vá direto para o Fundo
Amazônia, gerido pelo BNDES, e seja aplicada para financiar pesquisas
voltadas para o setor cosmético. Na tentativa de estimular a divulgação
das maravilhas exóticas mundo afora, a Cide não incidirá sobre produtos
para exportação.
A
proposta já foi aprovada na Comissão de Meio Ambiente (CMA), mas ainda
tem um longo caminho a percorrer no Congresso Nacional, especialmente
porque prevê desonerações e por criar um novo imposto.
Fonte: OESP, Economia
Autor: Débora Bergamasco / Brasília
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