Simon pede aos jovens para voltarem às ruas e se manifestarem sem vandalismo

Da Redação

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) pediu nesta quarta-feira (30) em Plenário que os jovens voltem a se manifestar nas ruas pelo voto consciente nas eleições, mas sem vandalismo. Para o senador, os brasileiros vivem atualmente "os momentos mais importantes de uma nova história".
O senador citou fatos que levaram os jovens às ruas no passado, como a luta pela anistia, a campanha pelas diretas já, o movimento dos caras pintadas. Para o senador, em junho do ano passado, os jovens voltaram às ruas como nessas situações, motivados, segundo ele, por um apartheid social.
– O despertador de nossas cabeceiras é o apartheid social que bate às nossas portas. Repetidas vezes, é de se reconhecer. Em junho do ano passado, os jovens de todas as idades voltaram às ruas. E voltaram exatamente quando as luzes dos estádios se acenderam e as lanternas da saúde, da educação e da segurança pública permaneceram apagadas – afirmou.
Simon criticou ainda a corrupção na política e comparou-a aos “estádios suntuosos” feitos para a Copa do Mundo em detrimento da saúde e da educação.
- O povo sabe que o dinheiro é desviado pela corrupção, e esse dinheiro que é desviado pela corrupção é o mesmo que falta nos hospitais, na escola, na rua e nas casas. O povo sabe, portanto, que a corrupção é causadora principal de todos os tipos de apartheid – disse.
O senador gaúcho deixou claro que defende as manifestações pacíficas. Para ele, as mudanças só virão por meio de pressão, mas o vandalismo não é válido.
- O vandalismo nocauteou parte significativa das manifestações do ano que passou. Não fez o bom contraditório, fez o jogo do contrário, fez o jogo do adversário, de quem nada quer mudar, ou, pior ainda, para quem a democracia é um empecilho – afirmou.
Vários senadores apoiaram o discurso de Simon, como Eduardo Suplicy (PT-SP), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Ana Amélia (PP-RS).  Simon enfatizou, em seu discurso, a importância da participação política dos jovens para realizar as mudanças sociais necessárias.
- As soluções políticas para os nossos maiores problemas não podem depender de eventuais soluções daqueles que, também a cada quatro anos, são eleitos, graças a vultosos financiamentos de campanha e, mais do que isso, de chicanas eleitorais que permitem a posse de quem não foi escolhido pelo povo.

Agência Senado

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