Ministro da Nova Zelândia quer aumentar intercâmbio de estudantes Da Redação
A Comissão de Educação,
Cultura e Esporte (CE) promoveu nesta terça-feira (28) uma audiência
pública com Steven Joyce, ministro da Educação Superior, Desenvolvimento
Profissional e Empregabilidade da Nova Zelândia. Ampliar o intercâmbio
entre universidades dos dois países, especialmente nas áreas da
agricultura e meio ambiente, é um dos objetivos de Joyce, que é também
titular das pastas de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Inovação.
— Acho que Brasil e Nova Zelândia
concordam que educação é um passaporte para o sucesso no mundo moderno.
Prover educação de qualidade para os cidadãos é uma das coisas mais
importantes que o governo pode garantir — disse.
O ministro neozelandês também quer
atrair mais estudantes brasileiros para o seu sistema de ensino. Em
2013, 2.335 brasileiros escolheram o país para estudar. De acordo com
Joyce, a Nova Zelândia, que aderiu ao programa Ciência sem Fronteiras,
oferece oportunidades de intercâmbio em diversas universidades. Ele
explicou que todas as instituições de ensino kiwis (como também são
conhecidos internacionalmente os neozelandeses) seguem um conjunto de
normas para garantir experiências positivas a todos os estudantes.
— Temos a felicidade de garantir que os
estudantes tenham contato com um mosaico de culturas – assinalou Joyce
ao registrar que a Nova Zelândia recebe anualmente milhares de jovens de
todas as partes do mundo.
Ao responder perguntas dos senadores
Romário (PSB-RJ) e Hélio José (PSD-DF), o ministro explicou que a
maioria das escolas da Nova Zelândia é mantida pelo governo e seguem o
mesmo currículo, mas gozam de liberdade para aplicar métodos de ensino
diferentes e contam com relativa autonomia financeira. As instituições
de ensino são também submetidas a avaliações contínuas pra garantir seu
aprimoramento.
De acordo com Joyce, a prática de esportes também é incentivada nas escolas neozelandesas.
— Entendemos que o esporte é um vínculo muito importante para superar os desafios do mundo moderno — disse.
Comércio
O comércio de mercadorias entre os
países ainda é modesto, com a balança comercial favorável ao Brasil.
Além de estimular a cooperação nas áreas de pesquisa, inovação e
intercâmbio estudantil, o ministro neozelandês, espera aumentar o fluxo
comercial.
Segundo ele, as empresas da Nova
Zelândia “são pequenas, porém seletivas” e atuam em nichos de mercado
como tecnologia da informação, biotecnologia, agrotecnologia e ciência
ambiental. A Nova Zelândia tem 4 milhões de habitantes e ocupa a 7ª
posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global.
— Mais empresas da Nova Zelândia
gostariam de atuar no Brasil. Qualquer coisa que o governo brasileiro
possa fazer para simplificar a entrada delas seria proveitoso — afirmou
Joyce.
Agência Senado
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