Projeto Guardião da Água mobiliza servidores da Saúde

Foto: Karen Moreira A crise hídrica tem levado toda a sociedade a discutir novas formas de lidar com a água, em busca de soluções que levem ao uso mais racional do recurso natural. Atenta à questão, a Prefeitura de Belo Horizonte implantou o projeto Guardião da Água. O objetivo é sensibilizar os servidores e incentivá-los a se tornarem agentes de transformação em seu ambiente de trabalho, adotando atitudes conscientes em relação ao uso da água. Por isso, na última semana, foram realizadas oito reuniões com os servidores para a apresentação do projeto e discussão de propostas. O Guardião da Água será implantado em todas as áreas das administrações direta e indireta. O objetivo é reduzir o consumo de água em 30%. Com o tema “Toda Gota é Importante”, a primeira fase será a de mobilização e criação de comissões compostas pelos próprios servidores. Assessor de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) e coordenador do projeto no setor, Paulo Cesar Pereira ressalta que as medidas a serem adotadas deverão estar de acordo com as necessidades de cada gerência. Portanto, a participação de todos é fundamental. “Pretendemos dar retorno cotidiano dos resultados alcançados e resposta às propostas apresentadas. Para isso, vamos utilizar e-mail e outros recursos, como um quadro, no qual o próprio servidor poderá escrever sua sugestão”, disse. Durante as reuniões, os servidores apresentaram e discutiram medidas que poderão ser adotadas, como a regulação do registro para diminuir a saída de água, instalação de redutores de ar nos hidrômetros das unidades, troca de torneiras e descargas, entre outras propostas. Interessada em colaborar com o projeto, Cristina Lage, fiscal da Vigilância Sanitária, lembrou que as ideias precisam ser discutidas amplamente com os setores para atender todos de forma consensual. “Cada andar e cada serviço tem sua particularidade. Por exemplo, um andar tem três banheiros, outro tem seis. Um setor tem copa com pia, outro não. Será preciso adaptar essas ideias a cada necessidade”, ponderou. É unanimidade entre os participantes o pensamento de que a educação está diretamente ligada à mudança do comportamento social. Cada um precisa entender que a responsabilidade pela mudança deve partir de você e não do outro. E mesmo que o seu colega não faça o que é politicamente correto, a sua ação vai gerar um resultado positivo no futuro. Giovanni Henrique Gomes, ator do Grupo Mobiliza SUS-BH, tem apenas 18 anos e já demonstra maturidade ao chamar para si a responsabilidade de fazer a diferença. “É necessária uma ação individual e abrir mão do comodismo. Fazemos parte de uma cadeia que envolve direitos e deveres. O meio ambiente é nosso direito, mas cuidar dele é a minha obrigação”, disse.